FOI CONFIRMADO: Suzane von Richthofen acaba de ser… Ver mais

A tentativa de calar um jornalista terminou em derrota

Depois de anos fora dos holofotes, Suzane von Richthofen reaparece em meio a uma nova polêmica — e, desta vez, sem final feliz para ela. Condenada pelo brutal assassinato dos pais em 2002, Suzane tentou impedir que o jornalista Ullisses Campbell, autor do livro Suzane, Assassina e Manipuladora, continuasse a falar sobre sua história.

Na ação, ela exigia uma indenização de R$ 60 mil e uma retratação pública. O motivo? Campbell a chamou de “ilustre psicopata” e mencionou que ela morava em Águas de Lindóia, no interior de São Paulo. Porém, a Justiça foi categórica: as falas estavam amparadas pela liberdade de imprensa. A juíza Ana Paula Schleiffer Livreri negou todos os pedidos da ré, reforçando que não houve abuso ou ofensa fora do contexto jornalístico.

“Ilustre psicopata”: por que a expressão foi aceita pela Justiça

O termo usado pelo jornalista gerou repercussão, mas a magistrada destacou que não ultrapassa os limites legais. Pelo contrário, reflete a percepção coletiva e midiática em torno de Suzane. O uso de “psicopata” está diretamente ligado ao crime pelo qual ela foi condenada e à forma como especialistas descrevem sua conduta.

Além disso, a Justiça lembrou que Suzane não é uma pessoa qualquer: ela protagonizou um dos assassinatos mais chocantes da história do Brasil. Nesse sentido, há interesse público legítimo em manter o debate, já que o crime, sua repercussão e as tentativas de reabilitação de sua imagem continuam despertando atenção nacional.

Tentativas de censura que não prosperam

Essa não foi a primeira vez que Suzane tentou calar a imprensa. Antes mesmo do lançamento do livro de Campbell, ela buscou na Justiça impedir sua publicação, alegando querer “recomeçar em paz”. O Supremo Tribunal Federal, no entanto, rejeitou a tentativa, reafirmando que não cabia censura prévia.

A defesa do jornalista ressalta uma contradição: ao mesmo tempo em que busca apagar o passado, Suzane concede entrevistas, participa de reportagens e já até ensaiou carreira como influenciadora digital. Ou seja, continua presente no espaço público. Esse comportamento reforça ainda mais o direito da imprensa em retratar sua trajetória.

Sobre a citação da cidade onde vive, a juíza destacou que não houve quebra de privacidade, já que não foram revelados detalhes pessoais como endereço ou rotina. A menção ao município serviu apenas para contextualizar o relato jornalístico, o que é permitido e relevante para a informação.

Liberdade de imprensa x direito à imagem: quem vence essa disputa?

O caso reacende uma discussão essencial: até que ponto uma pessoa condenada por um crime hediondo pode controlar o que a imprensa publica sobre ela? A resposta da Justiça paulista foi clara: quando há interesse público, a liberdade de imprensa prevalece.

Suzane matou os pais enquanto dormiam, ao lado do namorado e do cunhado. Cumpriu pena, mudou de cidade, tentou mudar de nome e agora batalha nos tribunais contra a sua própria exposição. Mas o veredito mais recente deixa claro que, para a sociedade e para o Judiciário, não é possível apagar o impacto de um crime tão marcante.

Ao fim, a decisão não apenas reforça os limites da lei, mas também envia um recado poderoso: a imprensa não será silenciada.

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